"O orçamento público de 2025 revelou um escândalo silencioso: R$ 60 bilhões foram destinados exclusivamente às emendas parlamentares, das quais R$ 27 bilhões são apenas para emendas individuais, próximo ao teto permitido pela Constituição".
Esses recursos são distribuídos diretamente para deputados e senadores decidirem onde aplicar, muitas vezes sem critérios técnicos ou transparência. Isso transformou o orçamento em moeda política.
Cada senador da República tem hoje à disposição R$ 79 milhões por ano em emendas. Já um deputado federal conta com R$ 40 milhões. Um poder sem precedentes para garantir apoio político local.
Esse sistema de emendas criou uma engrenagem de clientelismo moderno, onde prefeitos e governadores se submetem ao “agrado” dos parlamentares para receber recursos.
Enquanto isso, os serviços públicos seguem sucateados, e o povo não vê retorno nos hospitais, escolas ou transporte público.
Como se não bastasse, o Congresso Nacional aprovou em 2024 o aumento do número de deputados federais, passando de 513 para 531 cadeiras, ampliando a máquina pública e seus custos.
Esse aumento não veio acompanhado de melhora na qualidade legislativa. Pelo contrário: temos hoje um dos piores Congressos da história, marcado por pautas que atacam os direitos dos trabalhadores.
Entre elas, a redução da escala de trabalho de 7x1 para 6x1, que retira um dia de folga semanal de milhões de brasileiros e brasileiras.
Também avançam propostas para manter privilégios de super salários no serviço público, enquanto professores, enfermeiros e garis seguem com baixos vencimentos.
O Congresso também travou a taxação de grandes fortunas e impôs barreiras à regulamentação do patrimônio dos bilionários.
As bancadas do Centrão – PL, PP, PSD, MDB e aliados dominam as votações, blindando seus interesses com apoio do governo de ocasião, seja ele qual for.
É um parlamento que não representa o povo, mas sim corporações, igrejas milionárias, ruralistas e empresas de apostas.
Ao mesmo tempo, vemos cortes em programas sociais, no Minha Casa Minha Vida, na educação técnica e nas universidades públicas.
A saúde mental e física do povo é ignorada, enquanto bilhões são destinados a obras eleitoreiras e acordos de gabinete.
A desconexão entre Brasília e o povo é cada vez maior. A elite política vive em outro país — com motorista, assessores, passagens aéreas e diárias milionárias.
Não se trata apenas de corrupção, mas de uma estrutura que consome os recursos públicos e empobrece o Brasil, principalmente nas periferias e no Norte e Nordeste.
O povo precisa se mobilizar. Entender quem vota contra e a favor do país. A eleição de 2026 será uma das mais importantes da história.
Precisamos eleger um novo Congresso com deputados e senadores comprometidos com o povo, e não com o orçamento secreto.
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