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NOTA DE REPÚDIO – COBRANÇA INJUSTA NA FESTA JUNINA DE CANDEIAS BA

Festa de Candeias


 NOTA DE REPÚDIO – COBRANÇA INJUSTA NA FESTA JUNINA DE CANDEIAS

Recebemos diversas reclamações de pessoas humildes que pretendem trabalhar vendendo no isopor durante a festa junina de Candeias e foram surpreendidas com a cobrança de uma taxa no valor de R$ 75,16. A maioria dessas pessoas está cadastrada no programa Bolsa Família, vivendo com recursos mínimos, lutando diariamente pela sobrevivência, muitas vezes sustentando famílias inteiras com pouco mais de um salário mínimo.

A cobrança dessa taxa é não apenas injusta, mas cruel. Em um momento em que o município de Candeias arrecada milhões mensalmente, cobrar dos mais pobres para garantir sua própria subsistência durante uma festa popular é uma demonstração clara de que o atual grupo político no poder perdeu completamente a sensibilidade social.

Festas juninas, além de celebrações culturais, são oportunidades para pequenos empreendedores populares complementarem sua renda. Impor barreiras financeiras a quem já vive em extrema vulnerabilidade é o mesmo que negar o direito de trabalhar com dignidade.

O mais grave é que muitos dos que foram obrigados a pagar essa taxa estão formalmente cadastrados em programas sociais do próprio governo federal. Isso deveria, no mínimo, garantir isenção ou algum tipo de incentivo, e não mais uma penalidade disfarçada de “organização”.

A prefeitura de Candeias precisa urgentemente rever essa postura elitista e distante da realidade da maioria do povo. A cidade clama por políticas públicas que priorizem a justiça social, o apoio aos mais vulneráveis e a promoção da economia popular, especialmente em tempos de festividades que deveriam ser de inclusão, não de exclusão.

Enquanto os grandes contratos e licitações seguem acontecendo com valores altíssimos e pouca transparência, quem ganha menos é quem mais sofre com as taxas e restrições. É um modelo de gestão voltado para a concentração de poder e dinheiro, onde o povo é deixado à margem.

Lamentamos profundamente que a cultura nordestina, representada pelo São João, esteja sendo utilizada como palco de exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade. O São João deve ser do povo e para o povo, e não mais uma oportunidade de arrecadação injusta.

Por fim, manifestamos nosso total repúdio à cobrança da taxa de R$ 75,16 aos pequenos vendedores da festa junina. Que essa injustiça seja corrigida imediatamente, com isenção garantida para beneficiários do Bolsa Família e demais trabalhadores informais que apenas desejam uma chance justa de sustentar suas famílias.

Candeias precisa reencontrar seu caminho com respeito, inclusão e humanidade. O povo não pode mais pagar a conta do desgoverno. 

Enquanto diversos municípios da Bahia e  Brasil adotam políticas de isenção para famílias de baixa renda cadastradas no Bolsa Família, especialmente no uso de logradouro público durante eventos e feiras, em Candeias-BA a realidade é inversa. Mesmo com arrecadação milionária mensal, a gestão local impõe taxas a trabalhadores informais que apenas tentam garantir o sustento de suas famílias. O mais alarmante é que, apesar dessa arrecadação robusta, Candeias segue com um dos piores índices de desenvolvimento econômico da Bahia, refletido no seu baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). A cobrança sobre os que menos têm evidencia uma gestão voltada mais para o lucro e o marketing, do que para a justiça social e o compromisso com o povo.

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