A atuação firme do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, pode abrir a caixa-preta de um dos maiores esquemas de corrupção já registrados no Brasil: o escândalo das emendas PIX.
As emendas PIX, mecanismo criado para transferências diretas de recursos a estados e municípios, estão sendo usadas sem transparência, fiscalização ou prestação de contas efetiva.
Segundo apurações internas, a bolha está prestes a estourar, e o caso pode envolver mais de 800 nomes entre deputados federais, senadores, prefeitos e membros de grandes partidos, inclusive da base governista e da oposição.
O escândalo ameaça se tornar o maior esquema político desde o mensalão e o petrolão, com ramificações nos orçamentos paralelos da União.
Enquanto isso, o Congresso Nacional trabalha para expandir o uso dos famosos "PSLs" (Projetos de Lei Complementar) como forma de conter ações do Executivo, especialmente decretos que mexem com a estrutura fiscal, como o recente aumento do IOF.
A cúpula do Congresso — dominada por PP, PL, PSD, MDB e Republicanos — busca controlar o orçamento público sem qualquer obrigação de mostrar onde e como o dinheiro é usado.
O objetivo é claro: blindar parlamentares e manter o domínio sobre bilhões de reais em verbas sem sofrer interferência da Justiça ou da opinião pública.
Infelizmente, esse modelo vem sendo sustentado por acordos políticos com setores bilionários, como banqueiros, investidores estrangeiros e os donos de plataformas de apostas online (as chamadas bets).
Enquanto isso, o Congresso também legisla em favor de grandes grupos do agronegócio e dos super ricos, impedindo qualquer tentativa de taxação progressiva ou justa.
As pautas populares, como a isenção de impostos sobre a cesta básica, a reforma tributária solidária e o aumento de investimento em educação e saúde pública, seguem sendo ignoradas ou bloqueadas.
Esse grupo político age como se fosse uma casta, preocupada apenas em proteger seus interesses e manter privilégios às custas do povo trabalhador.
Se nada for feito, o Brasil continuará sendo refém de um Congresso que não representa o povo, mas sim o capital concentrado, os lobbies milionários e a velha política clientelismo.
0 Comentários