A Vaidade Política que Sabota o País
Nos últimos anos, o Brasil testemunhou o crescimento de um comportamento político marcado pela arrogância, pela hostilidade e pela completa ausência de empatia. Esse modo de agir tem produzido divisões profundas na sociedade e criado um ambiente social cada vez mais tóxico.
Muitas dessas pessoas adotaram uma postura de superioridade moral, acreditando-se acima das instituições e das leis. A arrogância transforma qualquer debate em confronto e impede qualquer chance de diálogo construtivo.
A corrupção, que sempre foi um mal histórico do Brasil, ganhou novas formas quando certos grupos passaram a justificar erros e crimes em nome de uma suposta causa maior. Essa lógica é perigosa, pois legitima abusos e enfraquece a confiança nas instituições.
O preconceito, presente em discursos e atitudes, reforça uma cultura de exclusão. Muitas dessas pessoas disseminam ódio contra minorias, contra pobres, contra nordestinos e até contra quem pensa diferente, criando um clima de intolerância que adoece o país.
A vaidade política, travestida de patriotismo, transformou debates públicos em disputas pessoais. A busca por likes e aplausos tem sido mais importante do que construir soluções reais para os problemas brasileiros.
O egocentrismo de determinados líderes e grupos faz com que decisões sejam tomadas para agradar seguidores radicais, em vez de considerar o bem comum. Quando o interesse individual domina o coletivo, a democracia fica ameaçada.
Esse comportamento tóxico se espalhou rapidamente pelas redes sociais, onde a agressividade virou arma política. A mentira vira estratégia, o ódio vira discurso, e a violência simbólica se tornou rotina.
Falta empatia humana em muitos desses discursos. Falta a capacidade de enxergar o outro como igual, como cidadão com direitos e dignidade. Essa ausência de humanidade fere diretamente os valores que sustentam uma sociedade justa.
O movimento político conhecido como bolsonarismo elevou essas práticas a um novo patamar. Ele não trouxe benefícios coletivos expressivos, mas sim uma cultura de conflito permanente e perseguição aos que discordam.
Além disso, seus representantes mais radicais se apropriaram do cristianismo como ferramenta de manipulação emocional. Usaram a fé como escudo político, distorcendo ensinamentos sagrados para justificar atos e comportamentos contrários ao amor, à justiça e à paz.
Essa apropriação religiosa criou uma espécie de lavagem cerebral emocional em pessoas vulneráveis, que passaram a acreditar que política é guerra espiritual, e não debate racional sobre o futuro do país.
Esse tipo de comportamento é mal visto não apenas no Brasil, mas também internacionalmente. A imagem do país sofreu desgaste profundo, associada a extremismo, intolerância e desprezo pelas instituições.
E um país que se pretende soberano precisa ser respeitado globalmente. Para isso, deve preservar seus valores democráticos, sua diversidade cultural e seu compromisso com os direitos humanos.
Em uma nação forte, ninguém está acima da Constituição Federal. Ela é o pilar que sustenta nossos direitos, garante nossas liberdades e limita os poderes de governantes.
Quando grupos tentam se colocar acima da lei, promovendo desinformação, ataques às instituições e radicalização, estão agindo contra a própria ideia de Brasil como Estado democrático de direito.
O país precisa retomar o caminho da lucidez, do diálogo e do respeito mútuo. O Brasil que sonhamos é justo, soberano, democrático e humano e esse Brasil só existirá quando deixarmos para trás a intolerância e abraçarmos novamente a política como instrumento de construção, e não destruição.
