Escândalo em Candeias: pagamento milionário revela clientelismo e favorecimento político.
Recentemente, a Bahia foi surpreendida com a notícia de que o prefeito de Candeias, com apoio direto de seu padrinho político, realizou o pagamento de uma rescisão no valor de R$ 270 mil ao ex-prefeito Pitágoras. O episódio, que rapidamente repercutiu nas redes sociais e nos bastidores da política local, escancarou uma prática lamentável dentro do setor público: o clientelismo escancarado, raramente visto com tamanha ousadia na história de Candeias.
Esse tipo de ação, além de ser imoral e antiética, representa um grave retrocesso nas práticas republicanas que deveriam nortear a administração pública. O valor pago — que poderia estar sendo investido em saúde, educação ou assistência social — foi destinado a um ex-gestor que deixou uma herança de problemas e frustrações à cidade. Para muitos, esse pagamento não representa justiça, e sim um privilégio político disfarçado de legalidade.
O comportamento do grupo político ligado a Pitágoras revela um padrão excludente: favorecem amigos, aliados e apadrinhados, enquanto o povo sofre com o abandono, a falta de oportunidades e a ausência de respostas concretas aos seus problemas. Trata-se de uma estrutura de poder sustentada por alianças e conchavos que excluem o mérito e a transparência do serviço público.
Além disso, observa-se um forte traço de oportunismo político por parte desse grupo. Utilizam datas, eventos, e situações de vulnerabilidade da população para se promover, muitas vezes prometendo soluções rápidas que nunca chegam. A lógica é clara: aproveitar-se do cargo para manter influência e poder, mesmo que isso custe a dignidade dos cidadãos candeenses.
Os cidadãos de Candeias precisam estar atentos. A política não pode continuar sendo usada como um instrumento de autopromoção, onde o dinheiro público vira moeda de troca entre aliados políticos. O episódio dos R\$ 270 mil é um sinal de alerta — um aviso de que a velha política ainda tenta manter suas raízes na cidade.
O povo precisa entender que nenhum pagamento milionário feito em silêncio é por acaso. Quando o dinheiro da população é usado para beneficiar figuras já conhecidas por escândalos anteriores, é hora de questionar e cobrar. A democracia se fortalece quando há participação e crítica, não quando impera o silêncio conivente.
Outro ponto importante é perceber que esses favorecimentos institucionais enfraquecem a credibilidade da gestão municipal. Como confiar em um prefeito que prioriza pagar rescisões de ex-aliados, enquanto servidores e fornecedores aguardam há anos? A ética na gestão pública precisa ser resgatada, e isso começa pela fiscalização cidadã.
A juventude, os servidores, os movimentos sociais e toda a população devem se organizar para impedir que Candeias continue sendo palco de manobras políticas que ignoram os reais interesses do povo. É hora de romper com os ciclos de poder que apenas se renovam entre os mesmos nomes e sobrenomes.
Por fim, fica a lição: clientelismo, favorecimento e oportunismo são inimigos da boa política. Que Candeias desperte, cobre, e diga não aos que tentam perpetuar-se no poder às custas do dinheiro do povo. A cidade merece mais do que promessas vazias e acordos de bastidores — merece respeito, justiça e dignidade.
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