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A evasão de moradores é reflexo do fracasso administrativo

 

Candeias Bahia

A política de Candeias, na Bahia, parece estar marcada por um ciclo vicioso de poder, onde a cúpula que outrora orbitava em torno de figuras como as ex-prefeitas Maria Maia, Tonha Magalhães, Amiga Ju e o ex-prefeito Sargento Francisco, simplesmente migrou para o grupo do ex prefeito Pitágoras Ibiapina, atual prefeito que busca consolidar sua influência na região. Essa transição não trouxe mudanças significativas para a população, mas sim a continuidade de um sistema que beneficia os mesmos atores políticos, que, segundo relatos, desfrutaram de altos salários e privilégios enquanto a cidade enfrenta problemas crônicos. Essa elite política parece alheia às necessidades reais do povo, agindo como se Candeias estivesse em um estado de "maravilha", enquanto, na verdade, a realidade é de estagnação e declínio econômico, evidenciada pela falta de investimentos e pela deterioração das condições de vida dos cidadãos.

Os baixos salários dos servidores públicos são um dos reflexos mais claros da má gestão que se perpetua em Candeias. Funcionários públicos estatutários, que deveriam ser a base do funcionamento da máquina pública, enfrentam uma remuneração base irrisória, sem qualquer benefício adicional, como plano de saúde ou cesta básica, o que compromete sua qualidade de vida e, consequentemente, a qualidade dos serviços prestados à população. A saúde municipal, por sua vez, está em um estado de degradação total, com unidades de atendimento precárias e insuficientes para atender às demandas da população, o que força os moradores a buscar alternativas em outros municípios ou a conviver com a falta de cuidados médicos adequados. Essa situação é agravada pela infraestrutura urbana, com ruas esburacadas e passeios danificados, tornando a mobilidade um desafio diário para os candeenses.

Enquanto isso, o grupo de Pitágoras, que governa a cidade há anos, parece mais preocupado com suas ambições políticas para as eleições de 2026 do que com os problemas reais da população. A intenção de eleger um deputado alinhado ao Centrão, bloco político conhecido por sua atuação pragmática e focada em interesses partidários, demonstra que a prioridade não é o desenvolvimento de Candeias, mas a manutenção do poder e a ampliação de influência em esferas maiores. Essa estratégia revela uma desconexão profunda com as necessidades do povo, que sofre com o declínio econômico histórico da cidade, marcado por baixas vendas no comércio local e um desemprego crescente, especialmente entre jovens e pessoas na faixa dos 30 anos, que não encontram oportunidades para se inserir no mercado de trabalho.

O comércio local, que outrora poderia ser um motor de desenvolvimento econômico, agoniza em meio à falta de políticas públicas que incentivem o empreendedorismo ou atraiam investimentos. A ausência de uma visão estratégica para o crescimento econômico de Candeias perpetua um ciclo de pobreza e dependência, enquanto a elite política, que já se beneficiou de gestões passadas, continua a se perpetuar no poder sem oferecer soluções concretas. A população, por sua vez, sente-se enganada por promessas vazias e pela ilusão de progresso, enquanto a realidade é de uma cidade que, ano após ano, afunda em um declínio econômico que compromete o futuro das próximas gerações.

A saúde municipal, além de ser um dos setores mais críticos, reflete a negligência de sucessivas gestões que priorizam interesses políticos sobre o bem-estar coletivo. A falta de investimentos em infraestrutura, equipamentos e profissionais de saúde faz com que os moradores enfrentem filas intermináveis e serviços de baixa qualidade, quando conseguem acesso. Essa situação é ainda mais grave para os mais pobres, que não têm condições de pagar por atendimento privado e dependem exclusivamente do sistema público, que está à beira do colapso. A promessa de melhorias na saúde, tão comum em campanhas eleitorais, nunca se materializa, e o povo de Candeias continua a sofrer as consequências dessa omissão.

A infraestrutura urbana é outro ponto que expõe a ineficiência do grupo político que comanda Candeias. As ruas cheias de buracos e os passeios danificados não são apenas um problema estético, mas um risco à segurança dos pedestres e motoristas, além de dificultarem o acesso a serviços essenciais como escolas e unidades de saúde. A falta de manutenção reflete a ausência de planejamento e a má aplicação dos recursos públicos, que parecem ser direcionados mais para interesses pessoais ou políticos do que para o benefício coletivo. Essa situação é um lembrete constante de que a cidade, apesar de ter potencial, está sendo negligenciada por aqueles que deveriam zelar por seu progresso.

O desemprego, especialmente entre os jovens e pessoas na faixa dos 30 anos, é um dos problemas mais alarmantes em Candeias. Sem oportunidades de trabalho, muitos são forçados a migrar para outras cidades ou a viver de trabalhos informais, o que perpetua a precariedade econômica. A falta de políticas públicas voltadas para a geração de empregos e a capacitação profissional agrava esse cenário, deixando uma geração inteira sem perspectivas de futuro. Enquanto isso, o grupo de Pitágoras parece mais focado em suas articulações políticas para 2026, ignorando que a ausência de desenvolvimento econômico e social pode, a longo prazo, minar até mesmo suas próprias ambições eleitorais.

A tentativa de eleger um deputado alinhado ao Centrão para as eleições de 2026 é um indicativo de que o grupo político de Pitágoras está mais interessado em consolidar seu poder em esferas maiores do que em resolver os problemas locais. O Centrão, conhecido por sua atuação focada em negociações políticas e trocas de favores, não tem histórico de priorizar pautas que beneficiem diretamente a população, o que sugere que Candeias continuará a ser usada como moeda de troca em um jogo político maior. Essa estratégia, embora possa trazer ganhos de curto prazo para o grupo no poder, ignora o clamor popular por mudanças reais e por uma gestão que coloque as necessidades do povo em primeiro lugar.

A situação dos funcionários públicos estatutários é outro reflexo da negligência do atual grupo político. Sem benefícios básicos como plano de saúde ou cesta básica, e com um salário base que não acompanha a inflação, esses trabalhadores enfrentam dificuldades para sustentar suas famílias, o que afeta diretamente a qualidade dos serviços públicos prestados. A falta de valorização do funcionalismo público é um problema estrutural que se arrasta por anos em Candeias, e a ausência de diálogo com a categoria só agrava o descontentamento. Essa insatisfação pode se traduzir em um movimento de resistência nas próximas eleições, caso a população decida cobrar mudanças.

O declínio econômico de Candeias, que se intensifica a cada ano, é um alerta de que a cidade precisa de uma nova liderança, comprometida com o desenvolvimento sustentável e com a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes. A baixa no comércio local, o desemprego em alta e a falta de investimentos em infraestrutura e serviços básicos são sintomas de uma gestão que perdeu o foco no bem-estar coletivo. A população, que já foi enganada por promessas vazias no passado, precisa estar atenta às movimentações políticas para 2026, especialmente à tentativa de eleger representantes do Centrão, que podem perpetuar esse ciclo de estagnação e negligência.

Diante desse cenário, é fundamental que os candeenses se mobilizem para exigir mudanças e cobrem dos atuais governantes ações concretas que revertam o declínio econômico e social da cidade. A eleição de 2026 será um momento crucial para decidir o futuro de Candeias, e a população precisa estar vigilante para não permitir que o grupo de Pitágoras, ou qualquer outro alinhado aos interesses do Centrão, continue a governar sem oferecer resultados palpáveis. A história política de Candeias, marcada por gestões conturbadas e pela falta de renovação, não pode se repetir, sob o risco de a cidade afundar ainda mais em um ciclo de pobreza e abandono que compromete o presente e o futuro de seus cidadãos.

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