O
desrespeito ao Judiciário Candeense e o clientelismo na Prefeitura de Candeias
A cidade de Candeias vive mais um capítulo lamentável em sua
história política recente. Um processo judicial concluso desde o dia 17
de junho de 2025, sob o número 8****82-43.2018.8.05.0044,
aguarda cumprimento de despacho, mas a Prefeitura insiste em desrespeitar a
determinação do juiz. Já se passaram mais de 60 dias desde
a decisão, e nada foi feito.
Esse descaso não é apenas uma falha administrativa — é um afronta
direta ao Poder Judiciário e um sinal claro de que o atual grupo
político age acima da lei. O silêncio e a inércia diante de uma decisão
judicial mostram o quanto o poder público municipal está comprometido com
interesses próprios e não com a justiça ou o bem da coletividade.
O mais grave é que, enquanto ignora o cumprimento de decisões
legais, a gestão atual teve agilidade impressionante para
efetuar o pagamento de R$ 276 mil reais ao
ex-prefeito, sem resistência, sem contestação e, ao que tudo indica, sem
esforço. Uma atitude que fere a moralidade e expõe o caráter
seletivo das ações da administração.
A diferença de tratamento entre o que é devido por direito e o que
é feito por conveniência política é chocante. Quando o interesse é de aliados,
tudo acontece rápido. Quando o direito é do povo ou de quem não faz parte do
círculo de amizade política, a burocracia cresce, o processo emperra e a
justiça é ignorada.
Esse comportamento é típico de uma gestão
clientelista, onde o poder público se transforma em instrumento de
favorecimento e não de serviço à população. Os amigos são privilegiados, os
críticos são perseguidos, e a cidade fica refém de um grupo que confunde o bem
comum com o próprio interesse.
Em Candeias, o grupo político dos Pitágoras construiu
uma estrutura que lembra um feudo moderno: cercado de bajuladores, blindado
contra críticas e indiferente às necessidades do povo. O poder é exercido de
forma centralizada, e as decisões são tomadas em função de conveniências
políticas, não do interesse público.
O que vemos é o resultado de uma política egocêntrica
e autoritária, disfarçada de modernidade e discurso progressista. O
verniz de “progresso” e “gestão eficiente” cai facilmente quando observamos o
desprezo pelas instituições e pela transparência.
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