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PEC da Bandidagem envergonha a Bahia

 



PEC da Blindagem: votação polêmica, traição e o dever do eleitor baiano

Defensores da impunidade


A tão chamada “PEC da Blindagem” foi aprovada na Câmara dos Deputados por ampla maioria, porém sofre forte oposição na Comissão do Senado, que já sinaliza rejeição. Trata-se de uma emenda que muitos classificam como instrumento de impunidade política.

É especialmente vergonhoso que, entre os deputados federais da Bahia, 39 ao todo, 22 tenham votado a favor da proposta. Isso representa mais da metade da bancada estadual apoiando uma medida que enfraquece a responsabilização judicial de congressistas.

Dentre esses apoiadores, está o partido de ACM Neto, que tradicionalmente se posiciona como crítico da violência pública no estado. Incoerentemente, esse mesmo partido estimula uma PEC que potencialmente amplia a proteção para políticos envolvidos em corrupção.

A contradição é evidente: quem fala alto sobre a insegurança social, ao mesmo tempo, sustenta uma proposta que pode enterrar investigações e favorecer impunidade. Qual é, afinal, o compromisso real com a segurança pública?

A PEC também prevê outros dispositivos perigosos, como exigência de autorização prévia das Casas Legislativas para abertura de ação penal contra deputados e senadores, além da ampliação do foro privilegiado.

Se aprovada integralmente no Senado, essa proposta pode reconfigurar o sistema legal brasileiro, protegendo não só crimes menores, mas até ilícitos gravíssimos cometidos por parlamentares.

Ao votar a favor, os deputados baianos tornaram-se corresponsáveis por essa ameaça institucional. A população do estado tem agora uma tarefa urgente: saber quem são esses representantes e exigir responsabilidade.

Um caminho de reação democrática é nas urnas: em 2026, os eleitores baianos terão a oportunidade de demitir representantes que traíram sua confiança. Essa é uma forma concreta de mostrar que o povo não aceita ser ignorado.

Alguns analistas já alertam para a possibilidade de chantagem política: deputados ameaçando abandonar o apoio à PEC da isenção de imposto de renda — que beneficiaria quem ganha até R$ 5 mil — caso a PEC da Blindagem não seja aprovada.

Essa manobra é ainda mais escandalosa, pois usa um benefício social para pressionar votações que protegem privilégios políticos. É o uso da “boa causa” para viabilizar causa contrária ao interesse público.

Precisamos ficar atentos: quem realmente representa o povo brasileiro? Quem age em benefício coletivo? E quem apenas manipula votos em troca de proteção entre pares?

Vale destacar que o debate vai além do plano legal: é uma disputa moral e ética sobre os rumos da democracia brasileira. O que queremos para os próximos anos? Um Brasil de impunidade ou de justiça?

O vídeo que circula nas redes mostra rostos, nomes e votos de deputados federais baianos favoráveis à PEC da Blindagem. É informação essencial para que o eleitor avalie seu voto em 2026.

Saber quem votou a favor e quem votou contra é um direito do cidadão. Transparência não é apenas um jargão político, é condição indispensável para que o voto tenha significado real.

A rejeição na Comissão do Senado é uma barreira necessária, mas não suficiente. O povo precisa pressionar senadores, acompanhar sua atuação e demandar que atuem em favor da justiça, e não da blindagem.

Se a PEC for aprovada no Senado, as consequências para a República serão profundas: enfraquecimento do sistema de fiscalização, balanceamento de poder extremamente desfavorável à sociedade e incentivo à impunidade institucionalizada.

A população baiana, historicamente sofrida por desigualdades, violência e corrupção, não pode ficar passiva diante de decisões que podem consolidar privilégios de políticos em detrimento de cidadania.

O recado é claro: o voto é instrumento de poder. Usá-lo bem é derrotar traidores no placar das urnas. Exigir prestação de contas, cobrar promessas e dar exemplo nas eleições.

Em 2026, a Bahia pode mostrar que não tolera mais políticos que blindam-se contra a lei. Que o eleitorado não esqueça: quem sangra os cofres públicos, quem atrapalha investigações, quem se coloca acima da justiça, não merece continuidade no mandato.

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