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População desconfia da postura ambígua de Pitágoras e Tarcísio

O ex-prefeito de Candeias, Pitágoras, tem adotado um comportamento político semelhante ao do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Ambos apresentam uma postura ambígua, ora se aproximando do presidente Lula para demonstrar alinhamento com pautas progressistas, ora reforçando sua ligação com o bolsonarismo e criticando o sistema eleitoral e democrático. Esse tipo de postura dúbia pode ser perigoso, pois confunde a população e compromete a credibilidade política desses líderes.  

Em São Paulo, Tarcísio, que foi eleito com forte apoio da base bolsonarista, tem adotado um discurso mais moderado desde que assumiu o governo. Ele mantém diálogos frequentes com o governo federal e busca recursos para o estado, mas, ao mesmo tempo, não se afasta completamente da retórica bolsonarista, principalmente quando o assunto envolve ataques às instituições democráticas. Esse jogo duplo pode ser estratégico, mas também gera desconfiança tanto entre aliados quanto entre eleitores.  

Pitágoras, por sua vez, teve um histórico de decisões que impactaram diretamente a população de Candeias. A venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) para o fundo árabe Mubadala, concretizada durante o governo Bolsonaro, teve consequências drásticas para o município. A refinaria era uma das principais fontes de emprego e renda da região, e sua privatização levou a um aumento significativo do desemprego e à precarização das condições de trabalho.  

O ex-prefeito, em vez de se posicionar de maneira clara sobre os efeitos negativos da privatização, manteve uma postura evasiva. Ele evitou confrontar diretamente a decisão do governo federal da época e, ao mesmo tempo, não apresentou soluções concretas para mitigar os impactos da venda da RLAM. Esse tipo de omissão política prejudica a população e enfraquece a confiança na liderança local.  

A duplicidade política de Pitágoras reflete um problema maior na política brasileira: líderes que mudam de posicionamento conforme a conveniência, sem um compromisso real com princípios democráticos e sociais. Esse tipo de estratégia pode até render ganhos políticos no curto prazo, mas, a longo prazo, desgasta a imagem do político e mina a credibilidade de suas ações.  

Além do desemprego gerado pela privatização da refinaria, a cidade de Candeias também enfrenta desafios estruturais que exigem um posicionamento firme de seus líderes. Questões como mobilidade urbana, saneamento básico e investimentos em saúde e educação devem estar no centro das discussões políticas, e não serem ofuscadas por discursos ambíguos e alianças oportunistas.  

Diante desse cenário, é essencial que a população esteja atenta ao comportamento dos líderes políticos. Oportunismo e falta de coerência podem representar riscos para a democracia e para o desenvolvimento da cidade. Candeias precisa de representantes comprometidos com o bem-estar da população e que tenham posicionamentos claros sobre temas fundamentais, sem jogar dos dois lados conforme a conveniência.


 

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