COP 30: Um Chamado à Consciência Ambiental e ao Futuro Sustentável de Candeias
A COP 30, que será sediada no Brasil, coloca o país no centro das atenções mundiais. Líderes globais se reúnem para discutir políticas de sustentabilidade, transição energética e preservação ambiental, reconhecendo a urgência de ações concretas diante das mudanças climáticas.
O evento simboliza uma oportunidade histórica: o Brasil, com sua vasta biodiversidade e importância na regulação climática, assume o papel de protagonista na defesa do planeta. É também um momento de reflexão para os municípios inclusive Candeias sobre o que têm feito para contribuir com esse esforço coletivo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido com ênfase a superação dos combustíveis fósseis, responsáveis por grande parte da poluição global, e o combate rigoroso ao desmatamento que destrói ecossistemas e agrava o aquecimento global.
Essa postura reforça a necessidade de o Brasil se tornar uma referência ambiental, conciliando crescimento econômico e respeito à natureza. Mas, para que esse ideal se torne realidade, é indispensável que as políticas ambientais se estendam também às cidades de médio e pequeno porte.
É nesse ponto que Candeias precisa despertar. Apesar de ser um município com enorme potencial econômico e ecológico, o tema ambiental raramente é tratado com a seriedade que merece por parte da gestão pública e das lideranças políticas locais.
Nos últimos anos, a cidade tem enfrentado desmatamentos desordenados, causados por expansão urbana sem planejamento, ocupação irregular e falta de fiscalização. Essas ações comprometem o equilíbrio dos ecossistemas e a qualidade de vida da população.
O impacto é visível: áreas verdes desaparecem, nascentes são degradadas, a temperatura média aumenta e os períodos de estiagem se tornam mais severos. Trata-se de um alerta silencioso que muitos insistem em ignorar.
A ausência de um Plano de Gestão Ambiental estruturado em Candeias é um problema grave. Sem diretrizes claras, metas ou programas educativos, o município segue em um caminho que prioriza o imediatismo e negligencia o futuro.
Além disso, falta um programa de educação ambiental contínuo, que envolva escolas, associações e comunidades, formando uma geração consciente e participativa. A sustentabilidade não nasce apenas de leis, mas da transformação cultural e do compromisso coletivo.
A COP 30 na Amazônia vem justamente para dar o exemplo ao mundo: unir governos, ciência e sociedade em torno de um mesmo objetivo — garantir qualidade de vida no presente e no futuro. Candeias, como parte desse país, deveria se espelhar nesse propósito.
O desafio ambiental não é apenas ecológico, mas também social e econômico. A degradação da natureza impacta diretamente o emprego, a agricultura, a saúde e o turismo — setores que poderiam prosperar em harmonia com o meio ambiente.
O município possui áreas que poderiam ser transformadas em zonas de preservação e ecoturismo, criando oportunidades de renda sustentável e fortalecendo a identidade local como exemplo de convivência equilibrada entre homem e natureza.
Políticos locais precisam compreender que cuidar do meio ambiente é cuidar da população. Não se trata de discurso ideológico, mas de visão estratégica. Um município verde atrai investimentos, reduz custos com saúde pública e melhora o bem-estar coletivo.
A criação de um Conselho Municipal de Meio Ambiente ativo, com participação de escolas, ONGs e universidades, seria um passo essencial. Além disso, parcerias com o governo estadual e federal poderiam trazer recursos para reflorestamento e saneamento básico.
O tempo de discursos vazios passou. A realidade exige ações imediatas: arborização urbana, coleta seletiva, educação ambiental nas escolas, incentivo à energia solar e proteção de áreas de nascente. Tudo isso é possível com planejamento e vontade política.
Se o mundo olha para o Brasil na COP 30 como exemplo de transição ecológica, é justo que Candeias também faça sua parte e mostre que desenvolvimento e sustentabilidade podem caminhar juntos, beneficiando gerações futuras.
Conclusão: A COP 30 é um marco global que reforça a urgência da transformação ambiental. Candeias não pode continuar alheia a esse movimento. É hora de romper o silêncio político e construir um projeto ambiental local, com metas claras e participação popular. Só assim, o município deixará de ser espectador e passará a ser agente ativo na preservação do planeta e da própria vida.
