Os Pitágoras e o Declínio Político em Candeias
A cidade de Candeias já viveu momentos de grande transformação econômica e social nas décadas de 1990 e 2000, quando houve avanços que impulsionaram a vida local. No entanto, esse movimento de crescimento não se repetiu nos últimos nove anos de gestão do grupo político dos Pitágoras.
O que se observa hoje é um município com enormes dificuldades estruturais. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) municipal permanece baixo, revelando que a população não tem acesso a serviços básicos de qualidade em saúde, educação e renda.
Outro problema grave é a evasão populacional. Muitos candeenses têm buscado oportunidades em outras cidades, seja pela falta de emprego, seja pela precariedade dos serviços públicos. Isso mostra que a gestão atual não conseguiu criar atrativos para fixar o cidadão em sua própria terra.
O desemprego, que atinge milhares de famílias, também aumentou de forma significativa nos últimos anos. A ausência de políticas públicas eficazes e a falta de parcerias para atrair empresas ao município criaram um cenário de estagnação econômica.
Além disso, o funcionalismo público sofre com arrocho salarial. Candeias, mesmo arrecadando mensalmente valores milionários, paga um dos piores salários-base da Bahia aos seus servidores efetivos, sem benefícios que valorizem o trabalho diário.
É importante ressaltar que Candeias tem arrecadação milionária, chegando a cifras que se aproximam de R$ 1 bilhão por ano. Apesar disso, o município não apresenta obras estruturantes que correspondam a esse montante. A população se pergunta: onde está sendo aplicado tanto dinheiro?
Na saúde, o quadro é preocupante. Postos deteriorados, falta de medicamentos e demora na marcação de consultas revelam o descaso com a vida dos candeenses. O sistema municipal está longe de atender às necessidades básicas da comunidade.
Na educação, a situação não é diferente. Escolas com problemas de infraestrutura, evasão escolar e falta de investimentos em projetos pedagógicos colocam em risco o futuro das novas gerações.
Outro ponto crítico é a ausência de planejamento urbano. Não existe um cronograma de crescimento estruturado, e os bairros sofrem com ruas emburacadas, esgoto a céu aberto e falta de manutenção em praças e passeios públicos.
O grupo Pitágoras também não apresentou resultados enquanto legislador como ex-vereador, que tenta se colocar como pré-candidato a deputado, não tem histórico de projetos relevantes que melhorem a vida da população de Candeias.
Enquanto isso, o vereador Francisco, ex-prefeito e hoje oposição, tem denunciado diversos escândalos de corrupção que envolvem a administração municipal, levando informações ao Ministério Público e alertando a sociedade sobre o mau uso do dinheiro público.
Essas denúncias expõem práticas vergonhosas de favorecimento político e clientelismo, que transformaram o setor público em moeda de troca para interesses eleitorais. Isso enfraquece a democracia local e aumenta a descrença da população na política.
Um exemplo escandaloso foi o pagamento milionário ao ex-prefeito Pitágoras, em um município onde milhares de cidadãos ainda aguardam revisões salariais e melhores condições de vida. Esse contraste aumenta a revolta popular.
O ambiente criado nos últimos anos consolidou a imagem de um grupo político mais interessado em se perpetuar no poder do que em transformar a realidade de Candeias. Os resultados são visíveis: desemprego, baixos indicadores sociais e ausência de perspectivas para o futuro.
Diante desse cenário, é fundamental que a população compreenda que os Pitágoras não representam um bom exemplo de liderança política. O presente e o futuro de Candeias exigem novas ideias, planejamento real e compromisso com o bem coletivo, algo que esse grupo já demonstrou não ser capaz de oferecer.
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